A queda nos contratos futuros de óleo gerou uma significativa correção nas ações da Petrobras (PETR4), ampliando as perdas do Ibovespa no dia. Depois de flutuar entre os 133.390 pontos e os 135.198 pontos, o índice encerrou com uma retração de 1,22%, chegando a 133.491 pontos.
A divulgação de dados acima das estimativas nos Estados Unidos também reforçou a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manterá as taxas de juros entre 4,25% e 4,50% nesta quarta-feira, elevando a cautela dos investidores.
Às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que definirá o novo patamar da Selic na quarta-feira (7), a alta dos juros futuros também dificultou uma movimentação mais positiva do Ibovespa durante o pregão.
Motivadas pela revisão do valor-alvo das ações por analistas do Bank of America (BofA) e pela baixa mais acentuada nos contratos futuros de petróleo, as ações PN da Petrobras encerraram com recuo de 3,73%, a R$ 29,66, marcando o menor valor negociado pelos papéis neste ano. Já as ações ON (PETR3) perderam 2,81%, a R$ 31,77.
Outras ações de destaque também apresentaram quedas, com exceção dos papéis da Vale e do Banco do Brasil, que subiram 0,30% e 0,76%, respectivamente. A maior alta ficou com as ações da Cogna, que avançaram 8,81%.
A empresa retomou as conversas sobre uma fusão com a Yduqs. Por outro lado, entre as maiores quedas estão as ações da Magazine Luiza, que registraram um recuo de 5,04%.
O volume financeiro negociado no índice durante o dia foi de R$ 17,3 bilhões, enquanto na B3 foi de R$ 21,5 bilhões. Em Wall Street, os principais índices americanos fecharam em queda: o Nasdaq recuou 0,74%; o S&P 500 teve uma queda de 0,64%; e o Dow Jones registrou perdas de 0,24%.
O dólar à vista apresentou valorização em relação ao real nesta segunda-feira, em um dia marcado pelo enfraquecimento da moeda americana na maioria dos mercados mais líquidos, com exceção da América Latina.
Com indícios mais robustos da economia dos EUA, o investidor global pode ter ajustado suas posições em mercados onde estava mais desinvestido em dólar.
Da mesma forma, com notícias sobre países asiáticos considerando a valorização de suas moedas como forma de negociação com os EUA, posições relativas compradas em moedas da América Latina e vendidas em países asiáticos podem ter sido desfeitas, resultando em certa pressão nos mercados.
Ao final das negociações, o dólar à vista teve um aumento de 0,63%, sendo cotado a R$ 5,6893, após alcançar a mínima de R$ 5,6290 e a máxima de R$ 5,6905. Já o euro comercial se valorizou em 0,73%, atingindo R$ 6,4378. Por volta das 17h05, no exterior, o índice DXY recuava 0,26%, para 99,774 pontos.
O dólar, contudo, valorizou 1,17% em relação ao peso colombiano e 0,41% frente ao peso mexicano.
As novas medidas do presidente Donald Trump em sua política comercial, ao impor tarifas de 100% sobre filmes produzidos fora dos Estados Unidos, somadas à aversão ao risco decorrente da reunião do Federal Reserve (Fed) prevista para quarta-feira (07), levaram os índices em Wall Street a recuarem, com uma moderada melhora após a divulgação dos dados de serviços do ISM acima do esperado.
No fechamento, o índice Dow Jones cedeu 0,24%, ficando em 41.219,14 pontos; o S&P 500 registrou uma perda de 0,63%, chegando a 5.650,59 pontos; e o Nasdaq teve uma queda de 0,74%, atingindo 17.844,24 pontos. Os setores de energia (-2,01%), consumo discricionário (-1,32%) e tecnologia (-0,85%) foram os piores desempenhos do dia.
As ações da Warner caíram 1,99% ao final do pregão, enquanto a Netflix recuou 1,95%. Empresas de tecnologia com serviços de streaming também foram impactadas, com a Amazon perdendo 1,91% e a Apple desvalorizando 3,15%.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, em inglês) do setor de serviços dos EUA do ISM ficou acima do consenso do mercado, subindo para 51,6 pontos em abril, ante 50,8 em março, superando a expectativa de 50,4. Os dados também resultaram em uma alta nos retornos dos Treasuries e amenizaram as perdas do dólar no exterior.
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Fonte: Bora investir
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