A jornada transcorreu com elevação na bolsa brasileira após os dados do IPCA-15 de abril, reconhecido como a prévia da inflação. Ao término do dia, o Ibovespa B3 encerrou com aumento de 1,02%, atingindo 139.541 pontos, tocando os 140.382 pontos no ápice do dia, renovando o recorde máximo intradiário. Na mínima, o índice atingiu os 138.136 pontos.

A surpresa negativa trazida pelo IPCA-15 reforçou a percepção de agentes financeiros de que o encerramento do ciclo de elevação está próximo, o que contribuiu para estimular uma queda consistente dos juros futuros na sessão. Esse movimento na curva futura teve impacto direto sobre o mercado acionário local.

Ibovespa hoje

Maior valorização

As ações internas se destacaram nas maiores valorizações do dia, com Vamos (+9,69%), Assaí (+7,61%) e CVC (+6,67%) liderando o pregão.

De maneira semelhante, papéis de instituições financeiras se sobressaíram entre as blue chips, como as unidades do BTG Pactual, que avançaram 2,75%.

O dia também foi favorável para os papéis da Petrobras: as PN subiram 0,73%, enquanto as ON avançaram 0,96%. Por outro lado, os papéis da Vale apresentaram queda de 0,31%.

Maior desvalorização

A maior baixa foi provocada pelas ações da CSN Mineração, com recuo de 5,80%, após analistas do Morgan Stanley modificarem a recomendação do papel de neutra para negativa, reduzindo o preço-alvo de R$ 6,20 para R$ 5,30.

Depois de um dia com baixa liquidez ontem, o volume financeiro do Ibovespa alcançou R$ 17,9 bilhões.

Dólar

O dólar à vista apresentou desvalorização em relação ao real hoje, revertendo a valorização observada na última sessão, que foi marcada pela menor liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos.

Nesta jornada, além de um dia mais otimista para moedas da América Latina, devido a ajustes de posição, os agentes mostraram mais confiança no mercado interno diante da melhora na prévia da inflação de maio, o IPCA-15.

Ao final das negociações, o dólar à vista registrou queda de 0,53%, cotado a R$ 5,6451, após ter atingido a mínima de R$ 5,6412 e se aproximado da máxima de R$ 5,6719.

Já o euro comercial teve desvalorização de 0,99%, cotado a R$ 6,3965. O dólar também recuava 0,23% em relação ao peso chileno e 0,99% ante o peso colombiano perto do encerramento do mercado “spot” no Brasil.

Bolsas de Nova York em forte alta

As principais bolsas de Nova York fecharam o dia em forte alta, à medida que os investidores reagem ao alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia.

Os dados de sentimento do consumidor divulgados pelo Conference Board mostraram uma recuperação após cinco meses consecutivos de queda, impulsionando o movimento de alta dos índices.

O índice Dow Jones teve crescimento de 1,78%, atingindo 42.343,65 pontos; o S&P 500 obteve ganho de 2,05%, a 5.921,54 pontos; e o Nasdaq subiu 2,47%, a 19.199,16 pontos. Todos os setores fecharam o dia positivos, com destaque para tecnologia e consumo discricionário, com as maiores altas do dia, de 2,55% e 3,04%, respectivamente.

Entre as ações, um dos destaques foi o desempenho positivo dos ativos da Tesla (+6,94%), após Elon Musk afirmar no fim de semana que focará mais em suas empresas em detrimento de seus compromissos políticos. As ações da Warner (+6,11%) e da Arm (+5,33%) também apresentaram forte alta.

A queda nas taxas dos Treasuries em todos os pontos da curva, impulsionada pelo arrefecimento nas tensões comerciais e pelo relaxamento nos juros de longo prazo do Japão, também contribuiu para o suporte às bolsas de Nova York hoje.

Índice de confiança do consumidor do Conference Board saltou para 98 em maio, ante 85,7 revisados do mês anterior, na primeira alta após cinco meses consecutivos de queda. A confiança melhorou após o acordo temporário entre EUA e China no meio de maio.

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Fonte: Bora investir