Para liquidar obrigações financeiras aos governos municipal, estadual e federal, o cidadão comum do Brasil terá de dedicar sua atenção até o dia 29 de maio deste ano. As informações foram extraídas de uma análise conduzida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) que leva em conta a média salarial no país e os encargos, tributos e contribuições exigidos pelo setor público.

Somando tudo, a carga tributária sobre renda, patrimônio e consumo totaliza 40,82% da renda média do brasileiro. Isso significa que são necessários quatro meses e 29 dias de trabalho apenas para cobrir os impostos.

O número de dias laborais calculado pelo estudo neste ano, de 4 meses e 29 dias, é um pouco superior aos 4 meses e 28 dias de 2024 e, consequentemente, mais próximo do recorde de 5 meses e dois dias registrado entre os anos de 2017 e 2019, segundo a análise.

De acordo com o IBPT, influenciaram no aumento dos dias de trabalho necessários:

• O fim da isenção do ICMS sobre combustíveis, que vigorou em 2022 e 2023;
• Elevação do ICMS em vários estados;
• Aumento da alíquota de ICMS sobre importações de itens até US$ 50;
• O início do processo de reoneração progressiva da folha de salários.

Confira os dias dedicados ao trabalho para quitar impostos desde 1986, de acordo com o IBPT

Comparação com outras nações

A análise também efetua uma comparação com um grupo de países. Conforme o IBPT, entre os 30 países com maior carga tributária global, o Brasil apresenta o pior retorno para sua população em relação aos recursos arrecadados. Esse dado está relacionado à percentagem desse valor destinada à melhoria dos serviços públicos e, por consequência, ao crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

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Fonte: Bora investir