Aberto nesta quarta-feira (4), o Parque de Energia Solar de Arinos (MG) está situado em uma área de 822 hectares e possui mais de 720 mil painéis solares. Juntos, eles geram uma potência instalada de 432 megawatt-pico (MWp). Essa capacidade tem potencial para abastecer tanto uma cidade com 350 mil habitantes quanto o correspondente a 70 mil casas.
Conforme informado pelo governo federal, que investiu R$ 690 milhões no empreendimento, o propósito do parque é aumentar a produção de energia limpa e sustentável no país. O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, marcou presença na inauguração do projeto na cidade mineira, que fica cerca de 250 quilômetros distante de Brasília.
“O Brasil é hoje uma potência mundial. Grande produtor de proteína animal e vegetal. Possuímos um parque industrial altamente robusto. Energia elétrica mais ecologicamente correta do planeta, energia renovável. Energia solar em notável ascensão. O Brasil figura atualmente entre os maiores produtores mundiais, estando entre os seis primeiros tanto em energia solar quanto em energia eólica”, declarou.
“Precisamos reduzir as emissões de carbono. Este empreendimento aqui, o Parque Solar Arinos, fará a diminuição de 22 mil toneladas de dióxido de carbono (CO₂) por ano. Assim, estamos colaborando com a redução das emissões globais de carbono”, acrescentou Alckmin.
A iniciativa foi concebida pela Newave Energia e também teve aporte financeiro de investidores da FIP Newave Energia, Gerdau e XP Investimentos. Devido à usina, aproximadamente 27 empresas ligadas ao setor de energia solar se estabeleceram no município que conta com 17 mil habitantes.
Potencial
Conforme dados do Ministério de Minas e Energia (MME), Minas Gerais abriga cerca de 934 usinas de energia solar, o que representa a maior capacidade instalada do Brasil. A estimativa do ministério é de que até 2028, o estado receba investimentos da ordem de R$ 17,6 bilhões no setor de energia solar, com impacto na geração de 160 mil empregos diretos e indiretos.
O Brasil está entre os 18 países nos quais a energia solar possui uma participação de mercado superior a 10%, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA). Um dos desafios é o desenvolvimento de subestações e linhas de transmissão para serem utilizadas durante o dia.
Também são imprescindíveis investimentos em sistemas de armazenamento de energia térmica para acumular durante o dia e gerar energia nos períodos sem consumo do Sistema Interligado Nacional (SIN) para receber eletricidade solar fotovoltaica.
Além da energia eólica, é viável utilizar o gás natural existente na região de Arinos por meio da captura dos gases de efeito estufa.
Com 49,57% do consumo total, o setor residencial lidera a utilização de energia solar no Brasil, seguido pelo setor comercial e de serviços, com 28,43%; e o setor rural, com 13,50%. A indústria representa 7,23%, enquanto o setor público, juntamente com os serviços e a iluminação pública, totalizam 1,27%.
Fonte: Agência Brasil
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