A Navegação pelo Rio São Francisco receberá uma nova rota aquática para transporte de mercadorias da porção Sul (partindo de Pirapora-MG) até o Nordeste (em Juazeiro-BA e Petrolina-PE).
O plano, revelado pelo governo federal recentemente, visa utilizar os 1.371 km de via navegável com a expectativa de movimentar cinco milhões de toneladas.
Dentre as mercadorias projetadas, estão insumos para agricultura, gesso, gipsita, calcário, cereais, bebidas, minério e sal.
O ministro de Transportes e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, expressou que a nova rota fluvial será de grande importância para o progresso da região. No decorrer deste mês de junho, ele manifestou que assinará a autorização das obras para a Companhia das Docas do Estado da Bahia.
Posteriormente, serão realizados os estudos técnicos, como afirmado pelo ministro.
No trajeto, o Rio São Francisco atravessa o Distrito Federal, Goiás, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. São 505 localidades e mais de 11,4 milhões de indivíduos que, de alguma maneira, mantêm contato com um dos principais rios do Brasil.
Três fases
O plano foi separado em três etapas. Na primeira fase, as atividades serão concentradas em um trecho de 604 quilômetros navegáveis, de Juazeiro a Petrolina, passando por Sobradinho (BA) e alcançando Ibotirama (BA).
As mercadorias poderão ser transportadas por estradas até o Porto de Aratu-Candeias, na Baía de Todos os Santos (BA).
A segunda etapa englobará o trecho entre Ibotirama e Bom Jesus da Lapa e Cariacá – cidades baianas – com 172 quilômetros navegáveis. Nesse trecho, haverá ligação, por meio de linhas férreas, até os Portos de Ilhéus (BA) e Aratu-Candeias.
A terceira etapa ampliará a rota aquática em 670 quilômetros e unirá Bom Jesus da Lapa e Cariacá a Pirapora.
Adequação para Navegação
Em janeiro deste ano, o governo já havia divulgado que iria empreender medidas para expandir a navegabilidade nas rotas fluviais do Brasil. Outras empreitadas no futuro próximo envolvem a realização de escavações nas hidrovias Tapajós e São Francisco, além da manutenção das vias Madeira, Parnaíba e Paraguai (segmento Sul).
No Rio Grande do Norte, por exemplo, será implantada a proteção de dolfins (estruturas para auxílio na amarração e atracação de embarcações) na Ponte Newton Navarro, visando aumentar a segurança das embarcações e das pessoas que transitam na área.
O Ministério de Transportes e Aeroportos afirma que o país dispõe atualmente de 12 mil km de hidrovias navegáveis, podendo chegar a 42 mil km de potencial.
Fonte: Agência Brasil
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