Desde o dia anterior, os mercados mundiais estão agindo com prudência em relação ao desempenho fiscal dos Estados Unidos. Ontem (21), as taxas de rendimento dos Títulos do Tesouro, os papéis do tesouro norte-americano, aumentaram devido às preocupações sobre a elevação da dívida governamental. Isto resultou em queda nos mercados de ações dos EUA – os principais índices de ações norte-americanos encerraram o dia com declínio superior a 1% – e também nos mercados globais. Aqui no Brasil, o Ibovespa B3 encerrou o dia com queda de 1,59%, após ter alcançado um recorde no dia anterior.
Nesta manhã, uma notícia proveniente dos EUA pode ocasionar uma nova fase de desvalorização nos mercados de ações. Por volta das 8h (horário de Brasília), a Câmara dos Deputados aprovou o plano tributário e de despesas proposto pelo presidente Donald Trump. Este projeto contempla tanto a redução de impostos quanto o aumento das despesas do governo. O desdobramento esperado é o aumento da dívida dos Estados Unidos.
Logo após a aprovação, as taxas dos Títulos do Tesouro voltaram a subir. Isto sugere que o Federal Reserve (o banco central norte-americano) provavelmente manterá as taxas de juros elevadas por mais tempo, o que tende a impactar negativamente nos mercados de maior risco, como o mercado de ações e os mercados de países emergentes.
Merece destaque que, na última semana, a agência de avaliação de risco Moody’s rebaixou a classificação de crédito dos EUA de “Aaa”, o mais alto grau de investimento, para “Aa1”. Em comunicado, a agência mencionou que o aumento da dívida norte-americana foi o principal motivo por trás da decisão de rebaixamento.
No Brasil, a situação fiscal também está em foco. O destaque do dia é a divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, previsto para o início da tarde. Logo em seguida, às 15h, os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet concederão uma entrevista coletiva para comentar os dados apresentados.
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Fonte: Bora investir
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