O dólar dos Estados Unidos é a principal moeda global atualmente. Com mais de dois séculos em circulação e uma excelente reputação nos mercados, o dólar é usado diariamente por companhias, governos, entidades financeiras e indivíduos de todas as regiões do planeta para conduzir suas operações comerciais e financeiras entre diferentes países.
Por ser considerado um dinheiro extremamente confiável – afinal, é a moeda oficial da maior economia mundial –, muitos investidores, desde os principiantes aos especialistas, procuram maneiras de integrá-lo em seus portfólios.
Outras moedas robustas, como o euro e a libra esterlina, ou mesmo moedas de economias em desenvolvimento, também são escolhas ao optar por investimentos que permitam a diversificação da carteira do investidor. Descubra como investir em dólar e em outras moedas!
Possibilidades de investimentos em moedas estrangeiras
Ao pensar em como investir em uma moeda estrangeira, é possível que uma das primeiras ideias seja adquirir o dinheiro em espécie.
De fato, é viável comprar dólares, euros, libras e similares em casas de câmbio. Contudo, essa é apenas uma alternativa para quem precisa do dinheiro físico, seja para uma viagem ou outro propósito, uma vez que essas transações estão sujeitas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além do perigo de transportar e manter grandes quantias em casa.
Para investir em dólar ou outras moedas, é mais conveniente buscar outras opções. No mercado existem diversos produtos financeiros que viabilizam esse tipo de investimento em divisas estrangeiras, muitos de forma descomplicada. Conheça, a seguir, as quatro principais alternativas disponíveis no Brasil.
Fundos cambiais
Afirmando os especialistas, uma das maneiras mais simples de investir em moedas estrangeiras são os fundos cambiais. Trata-se de um tipo de fundo de investimento que aloca no mínimo 80% de seus recursos em ativos vinculados a uma moeda, como o dólar. Os demais 20% normalmente são direcionados a títulos de renda fixa.
Neste formato de investimento, as aplicações são efetuadas em reais, porém a moeda estrangeira escolhida funciona como um índice de referência. Ou seja, o gestor do fundo seleciona os ativos nos quais irá investir, os quais são vinculados ao dólar (ou euro, libra etc), com base na taxa de câmbio.
Dessa forma, o propósito é acompanhar a variação da moeda e o fundo cambial proporciona retorno favorável para os investidores quando o valor daquela moeda aumenta em relação ao real.
Além dos fundos cambiais, fundos multimercado são outra opção, pois também possuem em suas carteiras ativos expostos a moedas estrangeiras.
ETFs (Exchange Traded Fund)
Os ETFs, abreviação para Exchange Traded Fund, ou fundos de índice, são um tipo de fundo de investimento negociado em Bolsa de Valores.
Esses fundos têm como meta acompanhar a rentabilidade de algum índice de referência e, para isso, o gestor do fundo deve montar a carteira de forma que ela se assemelhe o máximo possível à carteira teórica do índice. Por isso se diz que a gestão do ETF é passiva.
Neste contexto, um ETF que procure acompanhar o desempenho do S&P 500 – principal índice acionário dos Estados Unidos – vai replicar a carteira teórica do índice. Sendo assim, se o S&P 500 subir, o fundo também obtém ganhos.
Os ETFs também podem acompanhar outros indicadores econômicos. Logo, se o objetivo do investidor é se expor a uma moeda estrangeira, será necessário optar por um ETF que tenha como referência ativos vinculados a essa moeda, como os índices acionários de um país específico, setores da economia ou mesmo um fundo de índice que acompanhe a variação da própria moeda.
BDRs (Brazilian Depositay Receipt)
Os Certificados de Depósitos de Ações, ou Brazilian Depositay Receipt (BDR), em inglês, são uma forma para indivíduos no Brasil investirem em empresas listadas em mercados financeiros estrangeiros. Tais ativos não são ações, mas sim certificados, emitidos por instituição depositária, que representam uma ação. Existem também BDRs de ETFs.
As instituições depositárias adquirem uma quantidade de papéis de uma determinada empresa ou cotas de ETFs e guardam esses ativos. Para que o investidor pessoa física tenha acesso, mesmo no Brasil, a instituição emite um certificado que representa uma porcentagem daquelas ações ou fundos e coloca à disposição do mercado. Assim, a oscilação dos BDRs tende a acompanhar os papéis da empresa no mercado externo.
Embora os BDRs sejam transacionados em reais, essa é uma das principais formas de exposição do investidor a moedas e mercados internacionais, pois as ações são negociadas em seus mercados de origem.
Contratos futuros de dólar
Os contratos futuros são uma modalidade de investimento em que o investidor se compromete a realizar uma operação, seja de compra ou de venda, de um ativo em uma data preestabelecida. É uma maneira de especular sobre o valor do dólar.
As negociações dos contratos futuros são conduzidas da seguinte forma: um investidor que acredita que o preço do dólar aumentará pode adquirir um contrato futuro. Se, na data de liquidação, o dólar efetivamente se elevar, o investidor terá lucro e receberá a diferença em reais. Caso contrário, haverá prejuízo.
Quais são os riscos de investir em dólar ou euro?
Vale salientar que o investimento em dólar, euro ou qualquer outra moeda internacional integra a renda variável. Dessa forma, não há garantia de que a aplicação resultará em um retorno específico para o investidor. Entretanto, a diversificação geográfica dos investimentos é relevante para proteger o patrimônio contra as flutuações da economia nacional.
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Fonte: Bora investir
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