Há vestígios indicativos de que os envolvidos na falcatrua no INSS se utilizaram de criptomoedas e outros meios para dissimular ativos e cometer lavagem de dinheiro. As informações foram tornadas públicas pelo ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (8) em Brasília.
“Existem evidências robustas de que essa quadrilha esteja empregando criptomoedas para o desvio de bens provenientes da fraude perpetrada contra idosos e beneficiários”, afirmou Messias.
O ministro salientou que essa transação de criptomoedas está ocorrendo fora do território nacional e que a AGU tomará medidas legais junto às corretoras do ramo com o intuito de rastrear, congelar e apreender possíveis ativos decorrentes da fraude ao INSS.
“Há uma estratégia de ocultação de bens fora do país, conforme temos conhecimento por meio de relatórios de inteligência. Estamos requerendo judicialmente informações às corretoras de criptomoedas com o propósito de identificar e bloquear valores ilícitos”, afirmou.
Veja a seguir a entrevista do ministro Jorge Messias em uma transmissão da CNN Brasil no YouTube:
Também durante a coletiva, Messias comunicou que a AGU, atuando em nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ajuizou uma ação cautelar de urgência visando o bloqueio de bens móveis e imóveis no valor de R$ 2,56 bilhões contra 12 entidades associativas (e seus dirigentes) investigadas por descontos irregulares realizados em benefícios de aposentados e pensionistas assegurados pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Conforme mencionado pela AGU em nota para a imprensa, a ação proposta se configura como uma medida cautelar preparatória para a instauração de uma Ação Civil Pública por violação da Lei n. 12.846/2013, a Lei Anticorrupção. O objetivo é utilizar os recursos bloqueados para ressarcir os aposentados e pensionistas lesados pelos descontos indevidos.
Fraude no INSS
As artimanhas contra o INSS foram descobertas no contexto da operação “Sem Desconto”, conduzida pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU). As averiguações indicam descontos irregulares, entre os anos de 2019 e 2024, que podem totalizar cerca de R$ 6,3 bilhões.
O montante objeto do pleito de bloqueio, de R$ 2,56 bilhões, representa o prejuízo mínimo estimado até o momento causado por essas associações.
A AGU assevera na ação que os valores efetivamente envolvidos nas fraudes podem ser superiores e, por conseguinte, argumenta que o montante total deverá ser apurado no decorrer do processo. A quantia de R$ 2,56 bilhões relacionada aos descontos fraudulentos foi calculada com base em levantamento preliminar realizado pela Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev).
Fonte: Portal do Bitcoin
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