No dia de hoje (10), deu-se início à Febraban Inovação 2025, com o tema “A expansão do Setor Bancário na Época da Inteligência”. Na primeira sessão do evento, os líderes dos principais bancos do país abordaram “O Amanhã das Instituições Financeiras: ampliação, concorrência e novas formas de negócio”.
Os gestores debateram o progresso da tecnologia nos negócios e como essa situação está reconfigurando o mercado e o papel das entidades financeiras. Em sintonia nas declarações dos gestores está a percepção de que, gradativamente, os consumidores necessitarão fornecer um atendimento customizado para cada cliente.
De acordo com Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, essa metamorfose requer uma alteração de mentalidade nas empresas. “Não é viável ter uma instituição bancária sustentável para o porvir sem tecnologia. Desejamos fornecer uma instituição bancária singular para cada consumidor. Temos trabalhado a expansão dos modelos de IA, mas acompanhada de uma cultura de eficiência que não obrigatoriamente implique em redução de colaboradores ou projetos. Esse modelo vem acompanhado por um apelo por mudança cultural na base de funcionários do banco”, declarou.
Da mesma forma, Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, argumenta que é essencial um empenho para evitar qualquer resistência à inovação. “O panorama atual está evoluindo a uma velocidade enorme e nosso intuito é liderar. Nossa abordagem tem sido a transformação da lógica de banco transacional para consultivo. Nosso lema é ‘não combata a inovação, não tema o novo’. E, para isso, é primordial uma mudança cultural. Não atuamos pensando nos próximos trimestres, mas considerando cem anos à frente”, compartilhou Filho.
Marcelo Noronha, encarregado do Bradesco, também discorreu sobre como o banco tem progredido nessa temática. “No ano de 2024, iniciamos um programa de metamorfoses e estamos aportando de maneira intensiva no aumento de eficiência. Ampliamos nossa equipe de tecnologia e dados porque o essencial é elevar nossa competitividade no curto e longo prazo. A IA modificará a humanidade e estamos explorando isso a nosso favor com iniciativas para auxiliar o cliente”, assegurou. O diretor ainda mencionou projetos como a Bia, o assistente virtual do banco movido a Inteligência Artificial, e o suporte ao negócio com aprendizado de máquina para crédito como exemplos dessa progressão.
Por outro lado, Roberto Sallouti, gerente do BTG Pactual, enfatizou que o banco tem uma peculiaridade distinta dos demais competidores que é o fato de não operar com agências presenciais. Segundo o executivo, essa característica demandou da instituição trilhar um caminho um pouco diferenciado.
“Ao contrário dos outros bancos que precisaram realizar uma metamorfose, nós partimos de uma origem distinta. Éramos um banco de atacado e desprovido de estrutura física. Aproveitamos, então, a digitalização para construir um banco universal digital. Cobrimos varejo de alta renda, pessoa física, pequenas, médias e grandes empresas, sem estrutura de agência”, expressou. Sobre a customização dos serviços mencionada pelos seus pares, Sallouti afirmou que “cada consumidor é um indivíduo único, especialmente nos dias de hoje em que você não consegue cobrar muitas tarifas devido à competição”, completou.
+ De que forma a Inteligência Artificial pode auxiliar no pagamento de despesas cotidianas
Inclusão Bancária e acesso à população de baixa renda
O líder da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, realçou a atuação do banco em relação às políticas sociais do Brasil. Para ele, a diversidade do país faz com que a entidade se preocupe, por exemplo, com as populações que ficam afastadas da infraestrutura bancária.
“A população carente sempre teve vínculo com a Caixa. Esse público passou a ser notado pelas instituições financeiras após o maior acesso aos bancos. A Caixa desempenha um papel de levar seus programas sociais a essa população. No Pará, em algumas áreas, como a cidade de Peixe-Boi, por exemplo, as pessoas precisam se deslocar seis horas para ter acesso a um banco. E hoje alcançamos de modo remoto, com tecnologia e auxílio dos Correios”, elucidou o presidente da Caixa.
Mario Leão, presidente do Banco Santander, também enfatizou a atuação do banco no processo de inclusão bancária e mencionou o programa Prospera, que concede crédito a microempreendedores e autônomos. “Estamos acelerando essa iniciativa (de inclusão bancária). Conseguimos expandir o Prospera com o auxílio de agentes, porém com muita tecnologia. Conseguimos integrar a tecnologia com o aspecto humano. O elemento humano ainda faz grande diferença. Pretendemos evoluir o Prospera para IA Generativa, porém temos abraçado a tecnologia juntamente com o fator humano”, finalizou.
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Fonte: Bora investir
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