Ações do Ibovespa B3 com Maiores Dividendos Pagos em 2025 até o Momento

Para diversos indivíduos, os proventos representam uma parte relevante da estratégia de investimento em ações, seja para reinvestir ou para quem busca uma renda passiva. Para esses investidores, é fundamental encontrar empresas que efetuem pagamentos de rendimentos que possam impulsionar seus investimentos.

Para descobrir as ações que oferecem bons dividendos, uma das estratégias é analisar o Rendimento de Dividendos (DY) — uma expressão em inglês que, em tradução direta, indica o rendimento do dividendo. Este é um índice desenvolvido para avaliar a lucratividade dos dividendos de uma empresa em relação ao valor de suas ações.

A pesquisa realizada pela Consultoria Elos Ayta listou as 15 ações com os maiores Rendimento de Dividendos (DY) em 2025, até o momento. Confira!

Os 15 papéis com maiores dividendos de 2025 – até 13 de maio 

Na classificação, a ação da Isa Energia (ISAE4) foi a que registrou a maior distribuição de proventos, com um DY de 10,26% até a data da pesquisa, em 13 de maio de 2025. O top 3 inclui outra ação do ramo de energia, a CPFE3 da CPFL Energia e a ação da TIM (TIMS3), que apresentaram 8,85% e 7,82% de rendimento de dividendos, respectivamente.

O setor de energia elétrica é tido como um dos mais robustos em termos de distribuição de dividendos e aparece ainda duas vezes no top 15, com as ações da Cemig (CMIG4) e Energisa (ENGI11).

Conforme Leonardo Andreoli especialista em aplicações da Hike Capital, o setor de energia elétrica no Brasil é reconhecido por sua solidez e previsibilidade de ganhos, em virtude da natureza regulamentada do mercado e da demanda constante por eletricidade.

“Organizações como CPFL Energia e Isa Cteep se beneficiam de contratos de longo prazo e reajustes tarifários que asseguram um fluxo de caixa estável, possibilitando a distribuição regular de proventos aos acionistas. Além disso, políticas de distribuição agressivas e investimentos controlados contribuem para manter níveis elevados de DY”, enfatiza Andreoli.

Quanto à Tim, o especialista destaca que o alto rendimento de dividendos neste ano se deve “à geração consistente de caixa operacional impulsionada pelo crescimento na divisão pós-paga e economias de escala após a integração da Oi Móvel, estrutura de capital eficiente, com baixa dívida, e uma estratégia definida de priorizar retorno ao acionista”.

Segundo ele, com menor demanda por investimentos e previsibilidade robusta de receitas, a empresa adota uma política de remuneração arrojada, visando atrair investidores que valorizam previsibilidade e fluxo estável de proventos.

+ Rendimento de Dividendos: o que é e como calcular?

Os 15 papéis com maiores dividendos em 12 meses – até 13 de maio

De acordo com o levantamento dos últimos 12 meses, excluindo a sazonalidade (variação decorrente de diferentes estratégias e prazos de distribuição em menos de um ano), quem lidera a lista é a Marfrig.

Do segmento de carnes e derivados, a ação MRFG3 tem um rendimento de dividendos de 28,14%, seguida pela sua concorrente, a JBS (JBSS3) que registra 19,90% de DY no último ano. O top 3 é completado pela Cemig, com 18,24% no indicador de rendimento de dividendos.

O especialista da Hike Capital afirma que em relação a Marfrig e JBS, o desempenho expressivo se deve a lucros extraordinários impulsionados por fatores como a valorização do dólar, aumento das exportações e preços favoráveis das commodities de carne. “Esses resultados possibilitaram distribuições de proventos acima da média histórica”.

No entanto, ele e o analista da Levante Inside Corp, João Abdouni, alertam que, por serem empresas mais cíclicas, o elevado valor de DY pode não se repetir a longo prazo, uma vez que está fortemente ligado às condições do mercado.

Petrobras

Outro destaque é a presença da Petrobras, com suas ações PETR4 e PETR3 em quinto e sétimo lugar na lista, com DY de 13,72% e 12,94%, respectivamente.

Conforme Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, não houve alteração na política de distribuição de proventos, que continua sendo de 45% do Fluxo de Caixa Livre (FCL). “O que ocorreu foi que a desvalorização do petróleo impactou o FCL, e consequentemente, com um FCL menor, a mesma fórmula resulta em uma quantia mais baixa para os dividendos”, conclui.

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