Os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025 foram divulgados pela empresa B3 S.A. (B3SA3) no dia oito desta semana. A receita total alcançou a marca de R$ 2,7 bilhões, registrando aumento de 7,7% em comparação ao mesmo período de 2024. O lucro líquido atingiu R$ 1,1 bilhão, apresentando crescimento de 16,5% em relação ao ano anterior.
O incremento no lucro líquido por ação foi de 24,5% no trimestre comparado, evidenciando a impacto positivo dos programas de recompra realizados nesse intervalo de tempo. Cerca de 0,8% do capital social da companhia foi recomprado ao longo do trimestre.
André Veiga Milanez, diretor-executivo nas áreas Financeira, Administrativa e de Relações com Investidores, comentou: “A eficácia da estratégia da B3 em reforçar o negócio principal e expandir sua atuação em atividades relacionadas continua evidente nestes resultados, mostrando o potencial de crescimento através da diversificação das receitas e da exploração de novas oportunidades.”
Mercados
No segmento de derivativos, o volume médio diário de contratos negociados alcançou 8,9 milhões, apresentando redução de 9,4% em comparação ao primeiro trimestre de 2024. Por outro lado, a Receita por Contrato (RPC) registrou aumento de 29,3%. Destaca-se que o Futuro de Bitcoin teve um volume médio diário de 243 mil contratos, com incremento de 17,9% em relação ao quarto trimestre de 2024, gerando receita de R$ 47 milhões. As emissões em derivativos de Balcão e operações estruturadas tiveram aumento de 18,9%, com destaque para o crescimento de 50,4% nas emissões de swaps e de 13,6% em termo. O estoque médio cresceu 29,0%, resultando em receitas totais do segmento de R$ 880,9 milhões (representando 33,2% do total), com alta de 9,9%.
No âmbito de renda fixa e crédito, o volume de novas emissões de instrumentos de captação bancária cresceu 15,3%, especialmente devido ao aumento nas emissões de CDBs, que corresponderam a 76,2% das emissões de instrumentos de captação bancária no período. O estoque médio de instrumentos de captação bancária registrou crescimento de 25,3%, enquanto o volume de estoque de dívida corporativa aumentou em 26,1%. As receitas desse segmento totalizaram R$ 315,4 milhões (representando 11,9% do total), com crescimento de 21,7%.
No mercado de renda variável, o volume financeiro médio diário negociado no mercado de ações à vista teve aumento de 1,1%. Houve crescimento nos volumes de ETFs (19,3%), BDRs (56,8%) e Fundos Listados (5,8%). Esses produtos possuem dinâmicas diferentes em relação ao mercado de ações, representando 14,4% do volume total contra os 11,7% registrados no primeiro trimestre do ano anterior. As receitas totalizaram R$ 510,8 milhões (representando 19,2% do total), experimentando redução de 7,1% devido a uma mudança no mix que incluiu maior volume de exercício de opção de índice e de formadores de mercado, impactando as margens desse setor.
No setor de empréstimo de ativos, a posição média em aberto cresceu 12,7% e a receita atingiu R$ 75,2 milhões (representando 2,8% do total), com aumento de 57,5%.
Soluções para Mercado de Capitais
As receitas provenientes das soluções de dados para mercado de capitais totalizaram R$ 81,2 milhões (representando 3,1% do total), registrando crescimento de 17,9%, principalmente devido à valorização do dólar em relação ao real, visto que mais da metade dessas receitas são indexadas à moeda estrangeira.
Os ganhos da depositária para o mercado à vista alcançaram R$ 47,2 milhões (representando 1,8% do total), com aumento de 2,5%. O número médio de investidores cresceu 4,3%, resultado da busca contínua de investidores individuais por diversificação de portfólio e da ampliação da oferta de produtos por parte da B3.
As receitas provenientes da listagem e soluções para emissores totalizaram R$ 28,5 milhões (representando 1,1% do total), apresentando queda de 14,1%, especialmente devido à redução de ofertas públicas no período.
Soluções Analíticas de Dados
No primeiro trimestre, o aumento de 5,9% nas vendas de veículos no Brasil e de 1,1% nos financiamentos contrastou com a queda de 7,1% nas receitas do trimestre, que ficaram em R$ 129,0 milhões (representando 4,9% do total), impactadas pela receita associada ao programa Desenrola no mesmo trimestre de 2024. Excluindo o efeito do Desenrola, as receitas teriam crescido 14,0% nesse período.
No segmento de plataformas e dados analíticos, a receita atingiu R$ 129,4 milhões (representando 4,9% do total), registrando incremento de 13,9%, principalmente devido ao aumento das receitas em soluções para os setores de crédito e seguros.
Tecnologia e Plataformas
As receitas provenientes da tecnologia totalizaram R$ 307,3 milhões (representando 11,6% do total), com aumento de 9,0%, refletindo tanto o aumento na base de clientes do segmento Balcão quanto correções anuais de preços pela inflação nos serviços de utilização mensal e em produtos tecnológicos, como o co-location. A quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas de Balcão cresceu 6,7%, refletindo o crescimento da indústria de fundos no Brasil.
No que se refere aos serviços de apoio ao mercado, as receitas atingiram R$ 129,1 milhões (representando 4,9% do total), com aumento de 42,1%, impulsionado pelo crescimento de 37,6% no estoque médio de cotas de fundos e pela maior receita com floating do Banco B3.
As despesas totais apresentaram redução de 10,6%. Excluindo o impacto da amortização dos intangíveis reconhecidos na aquisição da Cetip, as despesas aumentaram 9,7%, resultantes do aumento nas despesas com incentivos ligados ao Futuro de Bitcoin e ao Tesouro Direto, correção salarial anual e despesas com processamento de dados e tecnologia, decorrentes da melhoria na gestão de projetos para 2025, o que resultou em uma melhor programação de gastos ao longo do exercício. As despesas ajustadas cresceram 8,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e apresentaram redução de 8,4% comparado ao quarto trimestre do ano anterior.
As distribuições aos acionistas totalizaram R$ 786,5 milhões, sendo R$ 459 milhões em recompras e R$ 327,5 milhões em juros sobre capital próprio (JCP). Além disso, foi aprovado em março o cancelamento de 160 milhões de ações, o que representa aproximadamente 3% do capital social da companhia.
Finalmente, em Assembleia Geral Extraordinária realizada em março, foram aprovadas as incorporações das empresas Neoway e Neurotech, adquiridas em 2021 e 2023, respectivamente.
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Fonte: Bora investir
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