Os agentes franceses salvaram o progenitor de um indivíduo abastado das moedas digitais por meio de uma operação coordenada ao fim do sábado (3), instantes após ele ter sido mantido como refém.
O indivíduo, cuja identidade permaneceu sob sigilo, foi sequestrado em plena claridade em uma manhã de quinta-feira no local 14º arrondissement de Paris, quando quatro indivíduos de rostos encobertos o coagiram a adentrar em uma van de transporte sem identificação, de acordo com referências iniciais do Le Monde com a Agence France-Presse.
Informações do Ministério Público de Paris sinalizam que os policiais encontraram o indivíduo à noite no sábado em um imóvel locado na região de Essonne, ao sul da capital francesa.
Os cinco suspeitos, todos na faixa dos 20 anos, foram capturados durante a operação conduzida por unidades especializadas em delitos cibernéticos e intervenção.
Uma notícia separada do Le Parisien alegou que os sequestradores solicitaram entre € 5 milhões e € 7 milhões — aproximadamente US$ 5,6 milhões e US$ 7,9 milhões, respectivamente — em moedas digitais após amputarem um dos dedos do indivíduo.
“A pessoa atacada aparenta ser pai de um homem que prosperou com moedas digitais”, comunicou um porta-voz do Ministério Público.
Os investigadores posteriormente descobriram, por intermédio da esposa do indivíduo, que o seu marido e o seu filho administravam uma companhia de publicidade de moedas digitais registrada em Malta.
Nenhuma quantia foi remunerada aos sequestradores antes da libertação, asseguraram as autoridades francesas.
Ataques físicos subsistem
O incidente constitui o mais recente dentre o que peritos em proteção denominam de “ataques de chave inglesa” — ameaças físicas usadas para invalidar as salvaguardas digitais das moedas digitais.
O termo origina-se de uma fábula em quadrinhos do XKCD de 2012, segundo o primeiro estudo minucioso sobre ataques com chaves inglesas confeccionado por estudiosos da Universidade de Cambridge e do University College de Londres, tal como foi noticiado antecipadamente.
Esses gêneros de ataques “prejudicam a eficácia das normas de segurança digital existentes diante de ameaças tangíveis”, pronunciaram os estudiosos.
Em janeiro, o co-fundador da Ledger, David Balland, foi sequestrado no que o presidente e CEO da distribuidora de carteiras criptográficas, Pascal Gauthier, descreveu como uma “circunstância traumática da qual desejamos nunca mais vivenciar”.
Jameson Lopp, co-fundador e diretor de tecnologia da Casa, companhia de proteção para Bitcoin, cataloga ataques físicos com Bitcoin em um repositório do GitHub. O rol evidencia o incidente de Paris como o 21º ataque deste ano.
Ataques de chave inglesa estão “aproximadamente correlacionados ao tamanho do mercado e à adesão geral de moedas digitais”, afirmou Lopp ao Decrypt em fevereiro.
Peritos em segurança como Rigel Walshe, criador da Swan Bitcoin e ex-integrante da Polícia da Nova Zelândia, sugerem que os detentores de moedas digitais pratiquem “consciência serena” e permaneçam “vigilantes e preparados”, entre outras medidas de segurança acessíveis que podem ser adotadas para evitar esse tipo de ataque.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt
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