Uma recente análise divulgada pela corretora OKX em colaboração com a plataforma de investigação Blockworks Research, prevê um aumento considerável na influência da tecnologia blockchain na economia mundial. Conforme o estudo, a soma dos bens do mundo real tokenizados poderá atingir US$ 600 bilhões até 2030, e aproximadamente 10% do produto interno bruto global pode ser registrado em blockchain já em 2027.
O levantamento, chamado “O porvir das aplicações de blockchain: reestruturando segmentos mundiais”, reúne avaliações setoriais e conversas com representantes de organizações como Google, Visa, Polygon, Standard Chartered, McLaren, Franklin Templeton, Manchester City FC e outras, evidenciando como diversos setores já estão passando por mudanças por causa da tecnologia — e o que está por vir nos próximos 25 anos.
Reformulação estrutural impulsionada por blockchain
No setor financeiro, o relatório indica que a tokenização de bens convencionais — como propriedades, ações e títulos — tende a ampliar a acessibilidade e a fluidez desses instrumentos. As moedas estáveis, por sua vez, estão alterando o panorama de pagamentos internacionais, devido à diminuição de despesas e à rapidez nas transferências.
Corporações como a Visa, por exemplo, já estão elaborando plataformas específicas para tokenização de bens e integração com moedas estáveis. Simultaneamente, empresas como JPMorgan e Fidelity estão investindo em soluções próprias baseadas em blockchain, como moedas empresariais e ETFs de criptomoedas.
No cruzamento entre tecnologia e finanças, a junção entre blockchain e inteligência artificial surge como uma tendência promissora.
Empreendimentos como a Render Network e a Bittensor já estão investigando o uso de redes descentralizadas para treinar e operar modelos de IA, estabelecendo mercados nos quais informações, capacidade de processamento e algoritmos são partilhados e remunerados por meio de contratos inteligentes.
O Google, inclusive, está vislumbrando um futuro no qual agentes digitais executem transações de maneira autônoma, ampliando o potencial de automatização da economia.
Consumo e entretenimento de olho na blockchain
O segmento de consumo também está começando a sentir os efeitos dessa transformação. Empresas como Walmart, LVMH, Nike e Gucci estão empregando blockchain para rastrear cadeias de fornecimento, autenticar produtos e criar experiências digitais exclusivas, como NFTs atrelados a itens físicos.
O intuito é unir transparência, combate à falsificação e maior engajamento com os consumidores. Essa mesma filosofia se expande para o esporte e entretenimento: clubes como Manchester City e escuderias como McLaren estão adotando tokens e colecionáveis digitais como novo meio de estreitar laços com os fãs e explorar novas fontes de receita.
O relatório ainda sugere que, em breve, carteiras digitais de custódia própria serão a porta de acesso para uma nova leva de usuários da Web3, e que as instituições financeiras tradicionais iniciarão o desenvolvimento de seus próprios aplicativos descentralizados (dApps).
Essa mudança, em conjunto com a aceitação crescente por parte de investidores institucionais, pode solidificar a blockchain como infraestrutura vital da economia digital nas próximas décadas.
Conforme Haider Rafique, CMO da OKX, este é um período de transformação profunda: “Imaginamos um futuro no qual praticamente todos os setores serão redesenhados pela tecnologia on-chain”. Jason Yanowitz, cofundador da Blockworks, acrescenta: “Estamos apenas começando a visualizar como a blockchain pode reconfigurar práticas empresariais, negociações e criação de valor em escala global”.
Fonte: Portal do Bitcoin
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