Um conjunto desfavorável de informações relacionadas a tributos e assuntos políticos teve impacto no índice Ibovespa B3 durante a sessão de hoje (28), que encerrou com queda de 0,47%, atingindo 138.888 pontos, com variação entre 138.580 e 139.547 pontos.
O aumento da pressão de diversos segmentos da economia e do Congresso para revogar o acréscimo do IOF aumenta as apreensões no mercado, enquanto os agentes econômicos observam a fragilização do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A divulgação antecipada de dados do Caged, que superaram as expectativas, também impactou os juros futuros, que subiram ao longo de toda a curva no pregão.
Situação do Ibovespa hoje
Principais perdas
Ações de empresas siderúrgicas e de mineração lideraram as maiores desvalorizações na sessão, como Usiminas (-4,67%) e CSN (-3,67%).
Participantes do mercado mostraram ceticismo com o anúncio de que a Camex renovou e ampliou a alíquota sobre a importação de aço.
O segmento industrial pressionou por medidas mais severas.
As ações da Azul também apresentaram grande oscilação e fecharam com queda de 3,74%. A empresa anunciou hoje o início do processo de recuperação judicial nos EUA. Em resposta, a B3 informou que removerá a empresa de todos os índices brasileiros.
O dia também resultou em perdas para as ações da Petrobras: as ações PN recuaram 0,32%, enquanto as ON tiveram queda de 1,24%. As ações da Vale também fecharam em baixa, -0,80%.
Maior valorização
A maior alta foi registrada pelas ações da Brava, com aumento de 4,28%, em um dia em que os preços do petróleo fecharam em alta.
O volume financeiro do Ibovespa nesta sessão atingiu R$ 14,8 bilhões e na B3 foi de R$ 19,0 bilhões.
Câmbio
O dólar à vista encerrou o dia em alta em relação ao real, em um dia marcado pela valorização global da moeda americana e também pela cautela dos investidores em relação à condução da política econômica brasileira.
Após a repercussão negativa do IOF entre empresários e parlamentares e diante das discussões sobre a possível revogação da medida, os operadores passaram a avaliar um possível enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o que adicionou pressão ao desempenho do câmbio brasileiro ao longo do pregão.
Ao final das negociações do mercado “spot”, o dólar comercial subiu 0,89%, sendo cotado a R$ 5,6951, após atingir o mínimo de R$ 5,6443 e se aproximar do máximo de R$ 5,7172.
Já o euro comercial teve valorização de 0,52%, chegando a R$ 6,4299.
O real teve o pior desempenho entre as 33 moedas mais líquidas seguidas pelo Valor. O peso mexicano teve a segunda pior performance, com uma valorização de 0,80% em relação à moeda americana, próximo das 17h05.
Bolsas em NY
Assim como o Ibovespa, os principais índices de ações de Nova York intensificaram a queda no final do pregão de hoje, influenciados pelo aumento nos rendimentos dos Treasuries.
No encerramento, o índice Dow Jones caiu 0,58%, atingindo 42.098,70 pontos; o S&P 500 perdeu 0,56%, chegando a 5.888,56 pontos; e o Nasdaq desvalorizou 0,51%, alcançando 19.100,94 pontos. Todos os setores encerraram em baixa, com os piores desempenhos sendo dos segmentos de utilidades (-1,44%) e energia (-1,25%).
No fechamento, as ações mais prejudicadas foram da Cadence Design (-10,67%), Synopsys (-9,64%) e PDD Holdings (-4,95%). Enquanto as maiores altas foram registradas pela Warner (+4,92%) e Arm (+1,18%).
A queda nos índices ocorreu à medida que as taxas dos Treasuries atingiram suas máximas intradiárias no início da tarde, enquanto aguardavam a divulgação da ata do Fed e ainda reagiam à fraca demanda no leilão de títulos de longo prazo do governo japonês, realizado durante a madrugada. O movimento enfraqueceu após o leilão de US$ 70 bilhões em T-notes de 5 anos mostrar uma boa demanda.
A ata do Fed revelou poucas mudanças de linguagem.
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Fonte: Bora investir
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